Diário de Bordo - Jonas

 

25/04/2006 – Marina – Parati

O dia foi bem movimentado. Logo cedo, fomos à Parati e compramos um monte de coisas: galões de óleo diesel, bastõezinhos de luz química e um mata-moscas. Almoçamos no “Sabor da Terra” e tomamos um sorvete. No barco estudamos e o pai leu “Cem Dias entre Céu e Mar” para a gente.

 

26/04/2006 – Marina – Marina do Engenho – Cambury – Cachoeira da Escada - Parati

Acordei hoje com a seguinte frase: “Crianças levantem. A gente vai conhecer o Paratii 2!!!” Dei um pulo e quase bati a cabeça no teto. Quando o pai falou que o Amyr Klink estava lá, dei outro pulo e, dessa vez, bati com tudo no teto. Saímos a toda e sem nem tomar café. Chegando na marina do Engenho, fomos em direção ao Paratii 2 e no meio do caminho encontramos o Amyr! Conversamos um pouco e ele autografou o nosso “Cem Dias entre Céu e Mar”. Conhecemos o Flávio, marinheiro do Paratii 2, que é muito legal. Quanto ao barco, é tão grande que daria para fazer um jogo de futebol na oficina! Só um dos banheiros é maior do que nossa sala! Conhecemos o barco todo e, quando saímos fomos no Jade, conversamos e nós voltamos para o Fandango. Tomamos café e fomos para a praia de Cambury. O lugar é lindo!!! Eu e a Carol fizemos corrida de barcos de folha e entramos nos rios. Almoçamos em Paraty e à noite o Dadi e a Denise visitaram o Fandango. Acabamos o “Cem Dias entre Céu e Mar”.

 

27/04/2006 – Marina – Parati

Logo cedo recebemos uma visita: o Rafael, um amigo nosso de Ubatuba! Eu e a Carol ficamos um tempão brincando com os carrinhos perto da piscina. Fomos almoçar no “Sabor da Terra” e tomamos sorvete no centro histórico. O Rafael foi embora, eu estudei português e fomos na lan-house. Começamos o livro “Do Rio à Polinésia”.

 

28/04/2006 – Marina – Parati

Hoje foi dia de arrumar o barco. De manhã retiramos as roupas do varal e arrumamos o barco internamente. Depois fomos à Paraty, onde compramos mantimentos. Perto da marina pegamos gelo e combustível. À noite eu estudei ciências e o pai leu “Do Rio à Polinésia. Demos ainda um passeio na marina e encontramos a Déborah.

 

29/04/2006 a 30/04/06 – Marina – São Paulo - Marina

É incrível! Sempre que estamos perto de ir para Ilha Grande, alguma coisa acontece. Dessa vez, uma avó da Lu faleceu e meu pai foi no funeral. Enquanto isso, eu e a Carol ficamos na casa da minha avó. O primeiro dia foi uma farra. Matamos as saudades e brincamos até cansar. No segundo dia, almoçamos na casa da Lu, brincamos com os gatos dela, conhecemos o apartamento da Mô e jantamos na casa de minha avó. Às 10:40 da noite, pegamos um ônibus pe chegamos em Paraty às 4:00 da manhã.

 

01/05/2006 – Marina – Jurumirim

Logo de manhã eu e a Carol brincamos com a Déborah perto da piscina (que estava um gelo). Ficamos um tempão brincando e (aleluia!) zarpamos para Ilha Grande. O problema é que foi meio tarde e se fossemos para lá, só chegaríamos à noite. Então mudamos de rumo para Jurumirim. Lá assistimos o documentário “Mar Sem Fim” em DVD, que a Mô deu para a gente. Foi muito legal e, fechando o dia, o pai leu “Do Rio à Polinésia”.

 

02/05/2006 – Jurumirim – Sítio Forte

Logo cedo fizemos uma tentativa de pesca e pegamos um bagre! Infelizmente ele era pequeno demais e nós o soltamos. Então partimos para Ilha Grande. Pegamos um vento de, por baixo, 25 nós! Estávamos velejando em turnos de leme e, com ondas de 2,5 metros, alcançamos, no meu turno, 10,5 nós de velocidade!!! É o recorde da viagem!!! Já em Sítio Forte, os gansos que atacaram a Carol da outra vez nos “visitaram” à noite. Finalizando, o pai leu “Do Rio à Polinésia”.

 

03/05/2006 – Sítio Forte – Abraão

De manhã, os gansos doidos nos fizeram outra visita. Fomos à praia, onde eu fiz um barquinho de isopor bem legal e brinquei com a Carol. Depois fomos para Abraão, onde passeamos e compramos algumas coisas. A vila é bem bonita e a barca de passageiros, que leva e trás gente do continente, enorme! À noite, estudamos e conversamos.

 

04/05/2006 – Abraão – Saco do Céu - Sítio Forte

Logo de manhã soubemos que nasceu o filho do Luís e da Mariana, dois amigões nossos. A notícia foi bem lega e depois nós saímos para o Saco do Céu. É bem bonito. Descemos em uma praia onde brincamos e fizemos uma trilha. Novamente saímos e fomos velejando até Sítio Forte. Seria uma ótima velejada se não fosse o frio. Já em Sítio Forte, estudei história e li um pouco do meu livro “A Nave Espacial”.

 

05/05/2006 – Sítio Forte – Angra

De manhã, acordamos com a rotineira visita dos gansos doidos. Depois demos uma bela velejada até Angra. No caminho existem várias lajes e pedras submersas, uma verdadeira armadilha para velejadores inexperientes. Atracamos no píer dos pescadores, onde nos abastecemos e fizemos compras. Logo depois, a Lu e a Mô chegaram. Velejamos de volta para Sítio Forte e chegamos lá aoanoitecer. Paramos longe da praia por precaução. Conversamos bastante e, exaustos, fomos dormir.

 

06/05/2006 – Sítio Forte

A primeira coisa que fizemos ao acordar foi levar o Fandango mais perto da praia. Tão logo fizemos isso, os gansos já vieram pedir comida. Fomos para a praia onde eu (como sempre) fiz um barquinho de isopor e vi várias estrelas-do-mar gigantes. A Lu pegou vários peixinhos, que, junto com o macarrão do pai, compuseram nosso almoço. À noite nós assitimos a um documentário sobre a circunavegação, feita por Amyr Klink, muito legal.

 

07/05/2006 – Sitio Forte – Angra – Saco do Céu

De manhã, após a visita rotineira dos gansos, fomos até as Ilhas Botinas mergulhar. O lugar é um paraíso do mergulho. Aágua cristalina e vários peixes. Vimos vários sargentinhos e ficamos brincano com um baiacu-de-espinho, puxando-o pela nadadeira para vê-lo inchar. Vimos um enorme peixe-frade e, de quebra, uma pequenina tartaruga! Infelizmente, a Lu e a Mô tiveram de ir embora, então levamos elas novamente ao píer dos pescadores. Depois velejamos rápido até o Saco do Céu, onde conversamos e lemos “Do Rio à Polinésia”.

 

08/05/2006 – Saco do Céu – Travessia

Logo cedo fomos ao restaurante “Reis e Magos” a fim de conhecer o dono, Ivan, que é amigo do Luis Puig, um amigão nosso de Ilhabela. O Ivan é muito legal e nos disse para irmos à um mirante que tem lá. A vista é linda! Dá para ver todo o Saco do Céu! O Ivan ainda mostrou os seus cachorrinhos para a gente. São 10 no total, 8 filhotes, um basset e um labrador chocolate. Voltamos para o barco e fomos para a enseada das Palmas. No caminho, descobrimos que o piloto automático não estava funcionando direito. Tentamos de todo o jeito fazer ele pegar, mas não deu. Às 5:30 hs partimos para a nossa primeira grande travessia na viagem: Ilha Grande – Rio de Janeiro. À água está cehia de noctilucas, um tipo de plâncton fosforescente. As ondas estão grandes e o vento na cara. Vimos navios ancorados e as 8:00 horas estávamos em frente à Ilha da Marambaia.

 

09/05/2006 – Travessia – Rio de Janeiro

O mar acalmou bastante, a chuva parou e nós começamos a ver as luzes do Rio. A lua, totalmente laranja, se pôs no horizonte atrás de nós. Chegando na frente da Barra da Tijuca, havia muitos barcos de pesca (enormes) e nós três tivemos que ficar acordados por algum tempo. Depois fui dormir. Acordei com a claridade e, afinal, chegamos!!! Arranjamos uma poita no Iate Clube do Rio e arrumamos o barco. Fomos procurar uma lavanderia na cidade e, em certos trechos, me lembrei de São Paulo. Arranjamos uma lavanderia e fomos ver o preço do bondinho do Pão-de-Açúcar. De quebra, fomos ao Rio Boat Show, onde conhecemos um Beneteau Cyclades 43.3 e o Kanaloa, do comandante Torres, com quem logo fizemos amizade. Torres nos convidou para assistir a uma palestra de vários cruzeiristas famosos. Na saída ainda encontramos o João Sombra, que deu uma volta ao mundo no seu barco “Guardian” e é muito legal. Daí para a frente foi a maior correria para comprar um novo piloto automático e um GPS reserva. Para o primeiro dia no Rio, esse foi bem movimentado.